A TIM, segunda maior empresa de telefonia móvel do Brasil, poderá ser fatiada entre as outras três grandes operadoras do país. De acordo com as informações publicadas nesta sexta-feira (31) pela Folha de S.Paulo, Claro e Vivo entraram no negócio do banco BTG Pactual para, junto com a Oi, tentar comprar a operadora italiana por um valor que pode chegar a R$ 31,5 bilhões.
As primeiras indicações de que o BTG Pactual estava planejando fatiar a TIM surgiram em agosto. Nem a Claro e nem a Vivo poderiam, sozinhas, fazer uma oferta: como elas já são grandes, ao incorporar os clientes da TIM, a participação de mercado em vários locais ultrapassaria os 50%, o que prejudicaria a concorrência. Legalmente, apenas a Oi poderia comprar a TIM por conta própria, mas ela está muito endividada.
Segundo o jornal, o valor ainda não está fechado, mas o grupo pode pagar até R$ 31,5 bilhões para comprar a TIM, sendo cerca de R$ 30 bilhões pela operadora e um bônus de 5% para os acionistas, inclusive os minoritários. Para que a compra ocorra, a Oi precisa vender a Portugal Telecom, um negócio que deve ser fechado na próxima semana — isso também irá reduzir o endividamento da operadora brasileira.
Oficialmente, a Telecom Italia diz que a TIM Brasil não está à venda, embora uma declaração do presidente indique o contrário. A italiana fez uma contraproposta ao BTG Pactual para fundir a TIM com a Oi, o que criaria a maior operadora de telefonia móvel do país. O banco não aceitou, e ainda deverá enviar sua proposta para comprar a TIM.
Acompanhem os próximos episódios.