Um ladrão assaltou um aluno de uma escola particular em Taguatinga Sul, região administrativa do DF, e deu R$ 4 de “troco” para a vítima voltar para casa. Ele fugiu levando celular e dinheiro.
Vários outros alunos da mesma escola também foram vítimas do mesmo homem, que sempre anda de bicicleta e faz as abordagens na saída das aulas. Com medo, os estudantes não querem mais sair do colégio quando as aulas terminam e pedem reforço da polícia.
Há dois dias, três estudantes foram abordados no caminho para o metrô da cidade. Um homem de bicicleta levou três celulares e um Ipad dos adolescentes. Duas vítimas conversaram com a equipe, mas não quiseram se identificar com medo de encontrar o criminoso novamente.
— Ele apareceu de bicicleta e perguntou se a gente conhecia o Mateus. A gente tentou se afastar, mas ele ficou revoltado porque se sentiu discriminado e pediu para que ficássemos tranquilos porque só queria informação. Quando percebeu que a gente tinha caído na armadilha, anunciou o assalto e pediu dinheiro e celular.
O bandido também fez ameaça de morte aos jovens porque estava de bicicleta e seria fácil alcançá-los caso fizessem alguma coisa.
— Depois do assalto a gente tentou se afastar rápido, mas ele gritou pra gente não sair correndo se não matava a gente. É uma sensação horrível.
Outros dois jovens foram assaltados pelo mesmo bandido no mesmo lugar e tiveram celulares roubados. Dias antes, outro crime ocorreu numa calçada entre a escola e um supermercado.
Como de costume, dois alunos saíram da aula e foram almoçar. Eles passaram pela calçada quando foram abordados por um homem que estava escondido atrás de um coqueiro.
Ele anunciou o assalto e disse que estava armado. Um dos adolescentes disse que foi tudo muito rápido e que a ousadia do bandido foi tanta que ele deu quatro reais de troco para ele ir embora.
— Não durou nem dois minutos. Ele levou meu celular e todo o dinheiro que eu tinha, mas me deixou a passagem de volta.
O diretor do colégio, Evilásio Pereira, disse que a escola recebe reclamações diárias dos alunos em relação à falta de segurança.
— Nossa escola além de investir mais em segurança interna tem mantido contato com o Batalhão Escolar, mas eles afirmam que não têm efetivo para nos atender.
O 2º Batalhão da PMDF, responsável pela cidade, informou que não há registros de roubous ou furtos perto da escola e negou ter recebido denúncias dos estudantes. A polícia reforçou ainda que faz rondas com frequência no local todos os dias.