Polícia de Tóquio testa drone com rede para prender drones suspeitos

Anote aí: a partir do ano que vem será cada vez mais comum observarmos drones pelos céus – inclusive aqui no Brasil, já que recentemente saíram as leis necessárias para operar esses aparelhos no país. Só que os japoneses já estão preocupados com as possíveis consequências da popularização dos vants (veículos aéreos não-tripulados). Tanto é que a polícia de lá está montando uma patrulha com drones para interceptar outros dispositivos da mesma categoria.

Acontece que as autoridades de Tóquio, capital do Japão, querem fazer uso dos drones mais por precaução do que “colocar medo” nos donos desses gadgets. De acordo com a publicação Nikkei, o objetivo é vigiar principalmente edifícios públicos, entre eles o gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe, que em abril deste ano foi alvo de uma ação que localizou um drone transportando materiais radioativos no telhado da construção.

Para evitar esse tipo de situação, a polícia tomará duas medidas. Ao identificar um drone suspeito, ela irá alertar por meio de um alto-falante o cidadão, que por sua vez deverá pousar o equipamento no solo. Se não houver resposta, os policiais então ativarão os próprios drones, que irão recolher o aparelho infrator com uma rede que prende o dispositivo e o retira do local sobrevoado. Tem até um vídeo divulgado por um site japonês que mostra como é o funcionamento dessa estratégia.

“Ataques terroristas com drones transportando explosivos são uma possibilidade. Queremos defender a nação, pensando no pior”, disse um membro do departamento de segurança da polícia.

Inicialmente, será implantado apenas um drone no combate ao crime. Ele terá seis hélices e será equipado com uma rede de 3 por 2 metros. São esperados outros dez drones entrando em operação até fevereiro de 2016.

No incidente em abril envolvendo o primeiro-ministro, não foi registrada qualquer ocorrência grave e um homem foi detido por envolvimento no caso. Atualmente, o Japão proíbe o uso de drones em áreas como aeroportos, centrais elétricas e estradas com grande circulação de veículos.

Além disso, as normas do país determinam que os aparelhos precisam voar a uma altitude superior a 150 metros – a restrição é ainda maior, de 300, se forem prédios ligados ao governo -, enquanto cidades como Tóquio e Osaka não permitem o tráfego desses gadgets em parques.