Uma das tradições de Mark Zuckerberg no começo de cada ano é anunciar metas para próximos meses. Em 2018, ele prometeu corrigir problemas do Facebook e, em 2019, voltou a apresentar objetivos nesse sentido. Agora, ele parece ter desistido.
Zuckerberg disse que deixará de fazer promessas a serem cumpridas nos próximos meses para pensar em metas de longo prazo. “Em vez de desafios ano a ano, tentei pensar no que espero que o mundo e minha vida sejam em 2030 para garantir que estou me concentrando nessas coisas”, afirmou, em um post publicado em seu perfil.
Um dos pontos destacados pelo executivo se refere à forma como as redes sociais deverão tratar temas controversos. Embora Zuckerberg não tenha citado em seu texto, o Facebook tem recebido críticas por não ser tão rígido com desinformação, especialmente quando é disseminada por políticos.
Para o fundador do Facebook, plataformas não devem ter a palavra final sobre como lidar com assuntos como liberdade de expressão. “Não acho que as empresas privadas devem estar tomando tantas decisões importantes que tocam em valores democráticos fundamentais”, continuou.
O executivo defende que governos criem regras para resolver esses problemas, mas parece estar apenas interessado em formalizar uma autorregulamentação das redes sociais. Em seu anúncio, ele propôs um modelo como o do Comitê de Supervisão, que está sendo criado pelo Facebook para definir que tipo de conteúdo será permitido na plataforma.
Zuckerberg projeta futuro de WhatsApp e Instagram
As projeções para longo prazo também trataram de novas soluções a serem criadas nos próximos anos. Segundo o executivo, as plataformas deverão ajudar mais os pequenos negócios com recursos para vender pelo Instagram e transferir dinheiro pelo WhatsApp, por exemplo.
O WhatsApp, aliás, parece ser a grande aposta de Zuckerberg. Ele afirmou que, nos próximos cinco anos, as plataformas serão bem diferentes, com foco em interações privadas e em pequenas comunidades, exatamenta como acontece no aplicativo.
Pensando em dispositivos, Zuckerberg projeta que a realidade aumentada terá mais espaço. “Embora eu espere que os telefones ainda sejam nossos dispositivos principais durante a maior parte desta década, em algum momento da década de 2020, obteremos óculos de realidade aumentada inovadores que redefinirão nosso relacionamento com a tecnologia”.