Thiago Sabaia

Cientistas dizem que é possível ser geneticamente predisposto a ser preguiçoso

Preguiçosos agora têm uma nova desculpa cientificamente comprovada para continuarem sendo preguiçosos. Isso porque uma nova pesquisa realizada na Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, sugere que existem certas características genéticas que podem predispor as pessoas a serem mais ou menos motivadas a permanecer ativas.

Divulgada pelo site especializado MedicalXpress, o estudo realizado com ratos de laboratório indicou que a genética pode desempenhar um papel na motivação para os exercícios físicos, mesmo em seres humanos. “Nós mostramos que é possível ser geneticamente predisposto a ser preguiçoso”, disse Frank Booth, professor da Universidade de Missouri envolvido no estudo.

Os estudiosos acreditam que essa descoberta pode ser um passo importante para a identificação de outras causas para a obesidade em seres humanos, por exemplo. Se as pessoas estão predispostas a não se motivar com exercícios, é provável que elas estejam mais propensas a se tornarem obesas.

Voltando aos ratinhos de laboratório, durante a pesquisa, os cientistas notaram pequenas diferenças na composição corporal e níveis de mitocôndrias nas células musculares dos ratos mais e menos preguiçosos. Porém, eles encontraram mais de 17 mil genes diferentes em uma parte do cérebro. Dentre eles, foram identificados 36 genes que podem desempenhar um papel na predisposição para a motivação em realizar atividades físicas.

Agora que os pesquisadores identificaram os genes específicos, eles planejam continuar a pesquisa para explorar os efeitos que cada gene tem na motivação para o exercício.

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