A operadora Oi fez um acordo de confidencialidade para que o banco de investimento Moelis & Company assessore um grupo de detentores de bônus emitidos pela companhia e algumas de suas afiliadas com vistas à reestruturação da dívida da companhia brasileira.
De acordo com a operadora, o acordo de confidencialidade celebrado com a Moelis “configura passo inicial para discussões produtivas e ágeis” sobre sua potencial reestruturação financeira. Fontes familiarizadas com a situação disseram que a Oi iniciará conversas para reestruturar US$ 14 bilhões em bônus a partir desta segunda-feira (25).
Ainda de acordo com uma das fontes, a Oi e sua assessora PJT Partners sentarão com um grupo de cerca de 25 detentores de bônus, incluindo Pacific Investment Management, BlackRock e Citadel.
No comunicado, a operadora disse que “pretende concluir sua reestruturação de dívida rapidamente” e afirmou acreditar que as negociações com um único comitê representativo dos titulares de bônus “irá permitir concluir a reestruturação de dívida de forma ágil”. A empresa não deu detalhes sobre o cronograma pretendido.
Analistas afirmam que uma base desigual de credores, as diversas moedas de emissão e uma estrutura complexa de dívida na qual responsabilidades de diversas unidades estão consolidadas no nível da companhia holding podem tornar difícil uma resolução rápida.
A dívida bruta da Oi, de R$ 54,9 bilhões, tem quase metade do valor vencendo até o fim de 2017. A Oi ainda acrescentou que seus clientes não serão afetados pelo processo de reestruturação de dívidas.
Fonte: Reuters