No mês passado, a Apple e cinco editoras de e-books foram processadas por manipular os preços dos livros eletrônicos, mas enquanto as outras publicadoras entraram em acordo com o governo americano, a gigante de Cupertino decidiu comprar a briga. Nesta sexta-feira, a Maçã divulgou sua resposta à ação, movida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em que chama as acusações de “fundamentalmente falhas” e “absurdas”, segundo o TechCrunch.
As falhas, segundo a Apple, seriam no âmbito de “fatos e da lei”, enquanto o absurdo refere-se à ideia de que a companhia tentou reduzir o número de rivais e fixar preços para os livros eletrônicos. Segundo a gigante de tecnologia, o governo “apoia o monopólio, em vez da concorrência, ao iniciar esta ação. O governo começa com a falsa premissa de que o ‘mercado’ de e-books já era caracterizado por uma ‘robusta competitividade de preços’ antes da entrada da Apple”. A Maçã argumenta que antes da iBookStore “não havia concorrência, só havia a Amazon”.
Os consumidores teriam se beneficiado da entrada da Apple no mercado, segundo Cupertino, porque ganharam opção de escolha, além de “funções inovadores, como imagens coloridas, áudio e vídeo, as funcionalidades de ler e ouvir, e o display fixo”. A companhia argumenta, ainda, que seu sistema deu mais poder às editoras e, em especial, às pequenas empresas e aos autores independentes.
Ao longo do documento, além de se opor aos argumentos do Departamento de Justiça dos EUA, a Apple também critica o uso de citações do cofundador da companhia, Steve Jobs, extraídas de sua biografia. “As citações de boatos fora de contexto que o governo selecionou de uma pequena porção da biografia do ex-CEO da Apple são irrelevantes e não têm lugar neste processo”, assevera o texto.